Descubra o que é o Design Emocional e quais são os 3 níveis:
A expressão design emocional faz algum sentido para você? Se pararmos para analisar cada palavra que integra o termo, é possível ter uma breve noção, não é verdade?
Afinal, elementos visuais têm uma grande capacidade de despertar sentimentos nas pessoas.
Porém, o que muita gente não sabe é que o design emocional é uma peça fundamental para as estratégias de marketing e venda de uma marca. É possível alavancar os resultados do negócio e conquistar a atenção do público por meio dessa ferramenta.
Despertamos o seu interesse? Então aproveite a leitura deste artigo para conferir o que você precisa saber sobre o amplo conceito de design emocional!
O que é design emocional?
Consiste no estudo sobre como as características estéticas de um determinado objeto exercem influência sobre a percepção das pessoas, causando repulsa ou atração. No sentido comercial, está relacionado ao sentimento que um produto provoca no público.
O conceito é relativamente novo, já que foi proposto em 2003, no livro Emotional Design, do professor de Ciência Cognitiva Donald A. Norman.
A sua finalidade é justificar as oportunidades que o design abre para os negócios, indo além do apelo que sua aparência gera — se for explorado da forma correta.
Existem exemplos famosos no mercado nos quais o design é o aspecto que mais agrega valor a um determinado item. Isso não significa que um produto seja inferior a outros em suas funções. Mas com o design emocional, ele é capaz de atingir e envolver o público-alvo por meio de uma experiência positiva.
Como o design pode afetar a
decisão de um cliente?
Um dos segredos para aplicação adequada do design emocional é entender de que modo as decisões de compra do consumidor estão relacionadas às emoções. Embora esse seja um fator relevante, não basta pensar apenas na relação entre o custo e o benefício.
Os benefícios notados em um produto ou serviço, pela perspectiva do cliente, estão muito além. O fato é que, muitas vezes, o ganho está na elegância e nos sentimentos que ele provoca no público ao utilizá-lo, na satisfação que ele causa, na nostalgia que ele resgata e até mesmo nos reflexos que produz sobre a própria imagem do indivíduo.
Todas as sensações que citamos, mesmo que algumas se sobressaiam mais que outras, conduzem o cliente em sua jornada de decisão de compra, levando-o a escolher uma marca em detrimento da concorrência.
Pense no caso do consumidor que ainda não sabe se comprará o carro A ou B, contudo acaba escolhendo o último após conhecer um modelo diferenciado em sua cor preferida. Note que, nesse caso, o design emocional também atua como um diferencial competitivo, pois constrói uma personalidade para a marca. É indiscutível que estamos falando sobre todo um processo psicológico que está ligado à compra racional.
Quais são os níveis que compõem
o design emocional?
Agora que você já tem uma noção mais ampla sobre o que é design emocional, mostraremos os três níveis que integram esse conceito.
Foto: Floor Van Rier
1. Nível visceral
Esse nível está relacionado ao subconsciente do espectador. Como o próprio termo define, visceral é algo que surge de dentro para fora, ou seja, profundo e enraizado. No contexto humano, pode ser associado ao impulso natural que está acima da razão.
É correto afirmar que, nesse nível, o lado sensorial é mais explorado. É quando há o primeiro contato ou experiência da pessoa com um produto e, em geral, uma reação com a qual ela não tem controle.
São as experiências sensoriais que, na maioria dos casos, atraem as pessoas até objetos que se caracterizem por padrões organizados, formas arredondadas e cores vibrantes. Da mesma maneira, desorganização, contraste, cores escuras e falta de brilho costumam repelir. Em outras palavras, no nível visceral, o indivíduo é atraído por aquilo que é esteticamente agradável.
Não é por coincidência que muitos utensílios têm a fama de serem mais bonitos, em termos de estética, do que funcionais. E mesmo que não tenham grandes utilidades, costumam ser mais cobiçados.
Um exemplo clássico é o computador de mesa da Apple, Powe Mac G4 Cube, lançado nos anos 2000. O aparelho ganhou visibilidade mundial por conta de seu apelo visual, no entanto, deixava muito a desejar no que diz respeito ao desempenho, se comparado a outros produtos da marca que não eram novidades naqueles tempos.
2. Nível comportamental
Esse nível está mais ligado ao prazer de realizar uma atividade sem interrupções, do início ao fim, e não estamos falando somente da facilidade do uso, mas do prazer proporcionado pela experiência em si.
Assim como o nível visceral está relacionado à experiência sensorial (subconsciente) do indivíduo, o comportamental tem ligação com os aspectos motores e físicos, isto é, da capacidade de controlar uma ação e como o ser humano age frente a uma atividade.
3. Nível Reflexivo
Por último, o nível reflexível do design emocional é o que conhecemos como superego. Essa é uma parte do cérebro que o ser humano não controla, mas diferentemente dos níveis anteriores, tem a responsabilidade de refletir, analisar e examinar tudo que ocorre à sua volta.
Portanto, é chamado de reflexivo, onde entram as memórias afetivas, associações e familiaridades da visão que desejamos ter de nosso “eu”. Em outras palavras, é a nossa percepção pessoal ou status social, como nos sentimos pela perspectiva de outras pessoas ao usarmos um determinado produto ou executarmos uma tarefa.
Resumindo,
Se uma marca consegue atingir os três níveis do design emocional, tem grandes chances de aumentar seu índice de aceitação e aprovação dos usuários. Basicamente, o negócio terá o “poder” de mudar o pensamento de decisão de compra do consumidor, absorvendo uma parcela maior de clientes.
Para concluirmos este artigo, a principal vantagem de saber utilizar o conceito de design emocional em seu benefício é que a marca passa a estabelecer uma conexão sentimental com seu público, e isso gera impactos diretos em sua percepção de mercado.
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