O Design Thinking é muito mais do que só uma metodologia, mas sim uma forma de pensar e agir, uma maneira de resolver os problemas de acordo com os fundamentos do design.
Solucionar problemas é uma parte importante da estrutura gerencial de qualquer negócio. E, acredite, uma hora eles vão aparecer.
Na busca de encontrar soluções ou, pelo menos, uma melhor forma de lidar, há uma série de abordagens. Talvez, a que esteja chamando mais atenção justamente pela sua inovação seja o design thinking.
Baseado no dia a dia dos designers e na maneira como eles planejam seus projetos, essa possibilidade, nos últimos anos, tem sido utilizada por diferentes tipos de empresas. Quer saber do que se trata? Neste texto, vamos falar tudo o que você precisa entender sobre design thinking. Confira!
O QUE É DESIGN THINKING?
O que é design thinking?
A abordagem utilizada pelos designers para lidar com seus projetos tem alguns mecanismos que vêm chamando a atenção de algumas pessoas fora da área: tanto a necessidade de juntar o máximo de ideias criativas quanto concentração para desenvolver soluções úteis. Tudo é enxergado como uma maneira inovadora para encontrar respostas.
Design thinking é uma maneira de resolver os problemas de acordo com os fundamentos do design. É preciso deixar bem claro que ele não é uma metodologia, mas uma forma de pensar e agir.
Por isso, são utilizadas ferramentas comuns desses profissionais, como seleção de ideias, pesquisa, testes etc. Além disso, destacamos que todo o trabalho feito “a la design thinking” precisa de muita reflexão e deve deixar espaço para que a equipe se expresse livremente.
Como surgiu?
Essa maneira de buscar soluções já existe desde 1919. Para sermos precisos, a famosa escola de design de Bauhaus já usava muitos mecanismos do design thinking. Quase 70 anos depois, a IDEO, uma empresa do Vale do Silício começou a usar a abordagem para resolver seus problemas.
Porém, o design thinking só realmente teve um nome quando Tim Brown, que trabalhava em parceria com David Kelley na consultoria de inovação da IDEO., lançou um livro em 2009 chamado Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias.
Por que há muitos adeptos do mercado ao design thinking?
A maneira inovadora que o design thinking trouxe para pensar sobre como é possível resolver problemas utilizando a criatividade é um dos principais motivos para o seu sucesso, porém, mais do que isso, é o foco no humano.
Os processos gerenciais podem, em muitos aspectos, estar centralizados apenas na parte racional, esquecendo que, para encontrar grandes soluções, precisam da livre expressão. É necessário deixar que as ideias fluam e, a partir daí, escolher a melhor. Muitas vezes, é no momento de escrever tudo o que vem à mente sobre uma questão (brainstorm) que uma grande oportunidade aparece.
Por isso, essa maneira de pensar vem atraindo diferentes empresas do mercado. Um bom exemplo é a Apple. Steve Jobs defendeu durante sua carreira essa maneira de trabalhar; inclusive, ele era amigo de David Kelley.
Na hora de desenvolver seus produtos, ele acreditava que era fundamental pensar no usuário. Isso fica claro quando olhamos os produtos da Apple, desde seus celulares até computadores. Sua funcionalidade é pensada para ser intuitiva e facilitar a vida do consumidor.
De que forma esse conceito pode ser aplicado?
Obviamente, o design thinking deve ser adaptado de acordo com a necessidade e o tipo de objetivo. O lado bom é que essa maneira de abordar um problema é flexível. Por exemplo, supomos que o setor de marketing esteja precisando refazer uma campanha que não trouxe os resultados esperados. Contudo, a gestão não consegue identificar o problema. Como o design thinking pode ajudar?
Primeiramente, uma das partes do design consiste em pesquisar tanto para conhecer o que o cliente quer quanto para encontrar referências para o projeto. Sendo assim, o setor de marketing poderia realizar uma pesquisa e entender o que os consumidores pensam sobre sua campanha. Também vale utilizar as métricas e analisar outros trabalhos que funcionaram.
Após esse processo, o segundo passo seria começar a pensar em ideias para uma nova campanha, utilizando as informações coletadas. Entretanto, é fundamental não engessar o processo criativo da equipe.
Isso é apenas um exemplo de como a maneira de design thinking pode ser usada. A seguir, vamos explicar com mais detalhes as etapas dessa abordagem.
Quais são as fases do design thinking?
É importante deixar bem claro que essa maneira de resolver problemas não é uma fórmula, é muito mais uma maneira de agir. Essa abordagem é feita, geralmente, em grupo e é dividida em 5 etapas. Vamos entender quais são!
Empatia e compreensão
A primeira etapa está relacionada com uma característica bem comum do design: o usuário ou cliente — ele é o objetivo. Mesmo voltado para padrões estéticos, é necessário que seja útil para as pessoas. Nesse contexto, colocar-se no lugar do outro, compreender, assimilar e olhar as perspectivas é importante nessa fase.
Definição
Aqui, é feita uma pesquisa e também é determinado o que se pretende resolver. Seriam os processos iniciais para definir o que se vai fazer.
Ideias
Nessa etapa, a livre expressão e, portanto, a criatividade é acionada. É a fase em que as ideias devem ser registradas sem nenhum tipo de censura. A equipe deve se sentir confortável para não ter medo de errar.
Protótipos
Agora é hora de escolher a melhor ou as melhores ideias e desenvolver protótipos, ou seja, algo que represente o resultado. Não é incomum a utilização de post-its que ajudam a equipe a se organizar e ter uma visão mais ampla das ideias propostas.
Teste
Por fim, é hora de testar os protótipos e ver o que mais funciona para aquela situação.
Ao longo deste texto, apresentamos os principais fundamentos do design thinking, uma abordagem que procura usar os princípios do design para encontrar soluções. Por ser uma estratégia flexível, pode ser utilizada por diferentes setores de uma empresa. Para melhores resultados, é fundamental o investimento na criatividade, deixando que a equipe tenha liberdade para se expressar.
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