Seguindo com a nossa série de artigos sobre Branding, também considerando que as marcas estão falando com uma geração para a qual a experiência é quem manda no jogo, este artigo fala sobre como a música também faz parte da identidade de uma marca.
Você já se pegou em uma loja e, de repente, sentiu uma onda de bem-estar ou nostalgia? Essa sensação, muitas vezes, não é por acaso. É o Music Branding em ação.
Longe de ser uma trilha sonora aleatória, a música em um ambiente comercial é uma escolha meticulosa, projetada para estimular os sentidos e aprofundar a experiência do cliente no Ponto de Venda (PDV).
É como diz Julian Rotondo, um grande pensador do branding: “Marcas que se conectam emocionalmente com seus clientes criam laços indestrutíveis”. E a música é uma das formas mais poderosas de fazer isso.
Ela integra o universo do Marketing Sensorial, um campo vasto de táticas que buscam aguçar os sentidos, gerar sentimentos e despertar até mesmo memórias afetivas no consumidor. O Music Branding, nesse contexto, é uma das vertentes mais eficazes e tradicionais.
Preparamos este conteúdo para desvendar o Music Branding, mostrar como ele aprimora a experiência de compra, quais seus benefícios para a identidade da marca e como aplicá-lo de forma estratégica.
Continue a leitura e descubra a força que a música pode ter para o seu negócio!
O que é Music Branding?
De forma simplificada, Music Branding é um “braço” do Marketing Sensorial onde a música é o protagonista. Seu papel é realçar as sensações e atributos que compõem a identidade da marca, forjando vínculos emocionais consistentes entre o público e a empresa.
Em outras palavras, é a arte de usar trilhas sonoras para promover uma experiência de compra inesquecível e profundamente positiva.
Michelle Wintersteen nos lembra que “a experiência do cliente é a nova moeda de troca”. O Marketing Sensorial, nesse sentido, é a orquestração de estímulos (iluminação, aromas, e claro, o som) que visam aguçar as emoções do cliente no PDV.
Todas as decisões sobre a trilha sonora são fruto de análises detalhadas, considerando:
- Perfil e anseios dos consumidores: Quem é seu cliente? O que ele busca e sente?
- Target e momento da marca: Qual a personalidade da sua marca neste momento? Ela é moderna, clássica, descontraída? Como ela quer ser percebida? Ana Couto sempre reforça a importância da consistência em todos os pontos de contato da marca.
- Tendências de Branding: Como a música pode refletir e amplificar o universo estético e coeso da sua marca?
Esses são apenas alguns dos pilares. Cada conjunto de músicas pode atender a uma ou mais finalidades, demonstrando a versatilidade e a profundidade do Music Branding.
Music Branding e Identidade da Marca: uma relação harmônica
Você já sabe que o Visual Merchandising é uma estratégia chave no PDV, onde elementos como decoração, arquitetura, vitrines e fachada trabalham em conjunto para impactar o cliente instantaneamente. Mas, e se adicionarmos um elemento que eleva essa experiência a outro nível?
Quando uma empresa investe em uma comunicação visual alinhada, somada a um atendimento de excelência e, crucialmente, uma trilha sonora contextualizada, ela cria uma experiência poderosa e imersiva para cada cliente. Como Funsho Felix aponta, “o branding não é apenas o que você vê, mas o que você sente”.
A relação entre Music Branding e a identidade da marca reside exatamente na capacidade de segmentar a trilha sonora de acordo com o público e a personalidade da marca.
As músicas selecionadas devem estar em perfeita harmonia com o posicionamento desejado: se a marca é moderna, a música reflete isso; se é clássica, a trilha reforça a elegância. É a busca por um universo musical estético e coeso que ressoa com os valores da marca.
Como fazer Music Branding na prática: a orquestração do sucesso
Agora que você compreende a teoria, vamos à prática. Implementar o Music Branding exige estratégia e sensibilidade.
- Conheça seu público: a primeira nota da melodia
Assim como Sahil Gandhi enfatiza a importância de conhecer profundamente seu cliente para qualquer estratégia de branding, no Music Branding não é diferente.
A base para o sucesso é definir o perfil do consumidor da marca. Quais são suas preferências musicais? Qual o seu estilo de vida? Compreender seu público é crucial para criar playlists que realmente ressoem e gerem identificação.
- Analise os horários de fluxo: o ritmo do negócio
Embora a ideia seja ter música constante, a intensidade e o estilo da trilha sonora podem variar. Analise os horários de maior fluxo de clientes.
Uma playlist mais energizante pode ser ideal para o horário de pico, enquanto algo mais suave se encaixa em momentos de menor movimento, sempre buscando a atmosfera ideal para o seu público em cada fase do dia.
- Una Music Branding com outras ações sensoriais: a sinfonia completa
O Music Branding não deve atuar sozinho. Para potencializar seu efeito, a marca deve apostar em um conjunto de ações sensoriais integradas.
Pense na iluminação que realça o ambiente, nos aromas que evocam memórias, na temperatura ideal e, claro, na qualidade impecável do atendimento. Como Bhavik Sarkhedi sugere, “o branding é uma experiência holística”. Todos os sentidos devem estar alinhados para criar uma experiência de marca coesa e memorável.
- Tenha bom senso: a harmonia perfeita
Já entrou em uma loja e a música era tão alta ou inadequada que você quis sair imediatamente? Essa é a prova de uma falha grave no Music Branding.
A estratégia não é apenas tocar música, mas causar sensações positivas. O volume, a qualidade do som e a adequação da playlist são cruciais.
Por isso, coloque-se no lugar do cliente. O objetivo é proporcionar conforto sonoro e uma experiência agradável. O bom senso é seu maestro.
- Escolha as músicas certas: a melodia da conexão
Como todas as ações de Marketing Sensorial, o Music Branding busca gerar identificação com a marca. Ele apela para a memória afetiva, ou seja, músicas que irão transmitir uma sensação positiva de nostalgia, associada a bons momentos vividos pelo consumidor.
É fundamental escolher as músicas certas, pois elas são a espinha dorsal do conforto sonoro. O perfil do público é, mais uma vez, o parâmetro mais importante para determinar a playlist perfeita para o seu ambiente.
A experiência que fica na memória
Como vimos, o Music Branding é uma vertente poderosa do Marketing Sensorial, que deve ser trabalhado em conjunto com outras ações para promover sensações e experiências positivas no público.
Não se trata apenas de música, mas de construir uma atmosfera sonora que reforça a identidade da sua marca e cria laços emocionais duradouros.
Ao seguir as boas práticas e entender a profundidade da conexão que a música pode gerar, você garantirá conforto sonoro, identificação e uma experiência de marca inesquecível em seu Ponto de Venda.
Este post sobre Music Branding foi útil para a sua marca? Que tal aprofundar ainda mais na experiência do cliente? Não deixe de conferir também o nosso artigo sobre a importância de investir no Brand Experience do seu negócio!
Se precisar de ajuda para criar a identidade perfeita para a sua marca, agende um bate-papo com a Agência Dois. Branding está em nosso DNA e vai ser um prazer te ajudar!

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